segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Não me peça para explicar. Tá tudo confuso. O amor é confuso. Eu sou confusa. Você é confuso e eu quero me enforcar com o cadarço do meu tênis para que a vida tenha sequer o mínimo de entusiasmo depois que você foi embora.

Ás vezes me pego pensando se um dia serei capaz de sentir o mesmo amor inocente que vivemos por um outro alguém. Porque eu não esperava te encontrar. Eu não queria. Estava bem sozinha, com os cabelos desarrumados, rímel borrado e lenços de papel espalhados pela casa, como agora, com o mesmo vazio, apenas sem o sentimento que tá faltando algo que um dia ocupou esse buraco devastador dentro de mim. Mas o amor é um sentimento filho da puta que aparece quando menos se espera e vem do não sei onde e te atinge de maneira rápida e inescapável.
Entende o que eu quero dizer? É como um tiro que te faz sangrar, mas te deixa vivo, por pura maldade. Como se o amor vivesse da dor de quem os sente (mesmo quem não queira senti-lo. O amor te acerta um dia). Não tem anestesia. É você e aquela dor que agonia e faz os dentes trincarem. “Deixa de ser exagerada, porra. E porra, amor não se explica. Para de querer buscar solução quando não se tem um problema”. “Porra fica tão bonito na sua boca. Fala outra vez.” “Eu tô falando sério, porra.”, é o que você me diz.
Porra (tô tentando ficar bonita como você, mas sei que é impossível) , sei que essa merda (o amor) não tem explicação, mas eu realmente tenho um problema seríssimo. Eu amo. Amo para caralho. “Para de falar palavrão, que feio”, então você para, cruza os braços. “E dai que você ama?” “Você não me ama de volta”. Mas amor não é espera. Ou é? Tudo é uma questão de tempo. Então será que sim? Foda-se. Nem os filósofos sabem explicar tal, porque eu saberia?
Amor sozinho é solidão; o problema não é amar, é o não ser amada. O problema nunca vai ser querer morrer, mas sim não ser capaz de matar-se e sair vivo com cicatrizes. Entende? Amor é morrer. Não, não. Amor é vontade de morrer. Não. Amor é suicídio e continuar vivo. Isso.

domingo, 26 de agosto de 2012

Game over.

Não diz “game over” para nós dois.
Eu sei que eu sonho demais, mas eu não estou vendo mais um encanto, em nós. Não que eu esteja querendo dizer que eu não o amo, amo sim. Você foi à melhor coisa que já aconteceu na minha vida, aprendi muito contigo. Só que não vejo mais um brilho nos teus olhos á me ver, aquela preocupação, aquela saudade, aquele romance que de tão forte iluminava pessoas ao nosso redor. Tudo de repente se esfriou, não vejo mais sinceridade nas palavras ditas, deve ser porque eu não escuto mais Está tudo escorrendo pelas minhas mãos, e eu não posso fazer nada, á não ser, esperar. Tenho que esperar para que as coisas melhorem, tá tudo tão frio. Eu não quero achar um culpado para que isso tenha acontecido, pode ter sido simplesmente, o tempo. Você vê algum motivo para lutarmos? Lembre-se que eu não luto sozinha, o amor para dar certo tem que ser recíproco. Eu queria saber se você ainda sente alguma coisa por mim, ou se você viu por aí algum vestígio do tal amor que fez com que tantas vezes eu abrisse mão de todo o resto do mundo só pra te olhar, nosso amor sempre tão ciumento e egoísta, repleto de altos e baixos, tão nosso. E tudo que a gente passou se abalou de uma certa forma, que começo a olhar para ti com certa frieza, porque só restou lembranças de um passado bom, mas quero que volte, tenho uma abstinência de você. Volta anjo, não deixa isso só ficar nas lembranças, nosso amor vale mais. Não me diz “game over” como se tudo o que aconteceu não passasse de uma partida de play2; porque nós dois sabemos que foi e sempre vai ser amor. Não importa quantos anos passem, eu sei que um dia, quando você estiver deitado no sofá da sala, vai se distrair com a mancha de tinta que tem na sua parede e vai pensar “Meu Deus, como foi que acabou e eu não percebi?”, mas ai, mas ai… Vai ser tarde mais. Uma vez, mamãe me disse que o amor não tem tempo, mas não é verdade. Eu te amo, você me ama, mas nem por isso significa que vamos ficar juntos. Ás vezes o tempo passa e nós vamos perceber que foi melhor assim, e vai ser só saudade. Saudade do que foi e pode não mais voltar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O mundo não conspira a nosso favor, e infelizmente, nem você. Uma pena. É amor, e vai continuar sendo amor.

Letting go is one way of saying “i love u”.
Você diz que não quer falar comigo nunca mais, que tudo acabou, e eu fico meio sem jeito porque eu imaginei essa cena mil e uma vezes e as falas fugiram do meu roteiro. Em todas as cenas que minha cabeça concretizou, eu sabia o que fazer e no final acabaríamos juntos rindo sobre meu tic nervoso que faz minha mãos transpirarem demasiadamente, formando uma poça d’água no chão.
Você desvia o olhar e diz que não quer mais nada comigo e minha vontade é perguntar se você arrumou outra pra comer, mas sei que no momento piadinhas não serão bem vindas. “O que disseram?”, você me encara por menos de um segundo e logo desvia o olhar pro chão e responde depressa demais que não me interessa. Eu tento me explicar, mas você não deixa. Tudo bem, minha consciência está limpa. É claro que fiquei com outros caras, mas isso foi antes de gostar de você. É como diz aquela música, sabe?, “Depois de você os outros são os outros e só…”.
“Me dá um tempo”, meu estômago se comprime. Sinto vontade de me agarrar nas suas pernas como um gato com medo de água. Mas eu não posso. Não sei o que você ouviu, mas a verdade é que o mundo não conspira a nosso favor, e infelizmente, nem você. Mas era e vai continuar sendo amor, mesmo que não seja recíproco. Quer ir embora? Pode ir, eu deixo. Te deixar ir é uma maneira de dizer “eu te amo”.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tudo ou nada.

Nem chorar eu consigo. As lágrimas simplesmente não saem. Não importa quantas vezes eu lembre desse teu jeitinho de menino mimado ou que nunca mais vou escutar seu riso. Não importa a quantidade de músicas tristes que eu ouça. Minha dor é só minha e ninguém consegue ver, nem mesmo eu consigo experimentar um pouco de algumas lágrimas salgadas. Você acabou comigo. Eu não sinto nada. Ou eu sinto tudo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O jogo continua o mesmo, as regras não mudaram. Direitos iguais.

Final feliz é só no fim, e isso não é um pleonasmo.
Não me leve a mal, eu te amo. Faço questão que seja você o pai dos meus filhos. Ninguém vai ocupar o seu lugar, sua pose de melhor traço amigo traço namorado. Entende? Diz que entende. Preciso que alguém compreenda e me explique esse amor tão século XXI que está me consumindo aos poucos. Vou direto ao ponto… Não te quero mais. Se posso por a culpa em alguém, será em você, já que todo o mundo conspirou á nosso favor; ao menos a minha mãe e meus vizinhos apostavam em você, e pra falar a verdade, eu também. Mas você nunca me quis, você nunca precisou de mim. E mesmo assim eu sinto que tem algo ai no meio disso tudo que é impossível de explicar, de rotular. Você sempre vai ser o “mais que amigo menos que namorado” enquanto não for capaz de assumir um relacionamento. É como se você fosse incapaz de dizer que me quer, mas que também não tem coragem de me deixar viver em paz. Ou ás vezes a culpa é minha por ter depositado todas as minhas fichas nesse relacionamento fachada. Se eu te amo? Sempre. Só não te quero mais. Não agora. Porque sei que meu destino é você, mas como todo final feliz, acontece sempre no fim, e nós ainda nem começamos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu acertei no erro de me apaixonar por você.


Eu amo você e não sei como me expressar de outra maneira que pareça menos piegas. Não vou dizer que não era o que eu queria, muito menos que não planejei me apaixonar por você, porque era exatamente o que eu queria. Eu tentei gostar de você quando cê fazia bico e ficava horas em tentativas falhas de te beijar antes de ir para casa. Eu te disse que era teimosa. Porém, em meio a tentativas falhas de me apaixonar por você eu me peguei te amando.
Mas agora você me enxerga como sua amiga. Você é mimado demais. Se não for quando você quer, da maneira que quer, não quer mais. Menino marrento.
Lembra do nosso primeiro beijo há alguns meses? Você queria me levar até a porta de casa, mas eu te convenci a ficarmos na esquina. Estava te poupando da vergonha de parar na minha porta e correr o risco da minha mãe te convidar para entrar.
"Nós somos amigos", é o que você responde á qualquer um que pergunta quando nos encontramos e você lasca um beijo na minha boca.
E eu não enxergo mais nada, porque você me cegou para o mundo. Não vejo nada que não seja você ou sobre você. Em meio a tentativas falhas eu acertei no erro. Me entende?

Porque você diz que gosta de mim quando todo mundo sabe a verdade? Covarde!

Você sorri e diz que gosta de mim, mas não, você não gosta, você apenas não pode me ter no momento, e não quer que ninguém mais tenha enquanto você fica brincando de não saber o que quer.
Você é chato, mas o tipo que me deixa sem saída e solução, e então eu fico. Sento e espero que você decida o que fazer comigo. Você entrou na minha casa e na minha vida sem sequer pedir licença e se acomodou em todos os cantos, até mesmo dentro de mim.
Mas me diz.. Porque você não gosta mesmo de mim? Mesmo com tantas coisas em comum, e mesmo que o nosso beijo se encaixe perfeitamente bem, acho que você não vai querer acabar como eu. Rabugenta, calculista, sozinha, com cicatrizes visíveis e desacreditada no mundo. 
Aproveita a chance que eu tô te dando e vai embora, vê se desiste de me ter na sua cama. Não me diz que todo problema tem solução, isso não é um problema. Só é impossível terminar o que nunca começou. Não dá pra chegar em algum lugar sem saber caminhar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Eu não sei o que você tem, mas é com você que eu vou ficar.

Eu não sei o que você tem, mas é com você que eu vou ficar.
Tem uma dor aqui dentro de mim que faz com que meu sangue percorra rápido demais me deixando nervosa e meio confusa. É uma ótima hora para escrever tudo o que eu sempre quis e não tive coragem — ou oportunidade — de dizer. Talvez você esteja certo. Talvez eu tente mesmo te enganar com essa minha mania de dizer verdades em meio á versos mal escritos, de modo piegas e palavras bonitas. Quanto mais eu tento me aproximar, mais você se afasta. Ás vezes penso que seria mais produtivo correr atrás de bolinhas de sabão no meio da Avenida 25 de Março. E então você me olha com esse jeitinho de menino bobo e me diz que tudo o que sai da minha boca é sem sentindo. Revira os olhos e dá uma desculpa esfarrapada de que é melhor ficar do jeito que tá. Mas eu não sei como tá. Creio que sequer você sabe. Comodidade!!! O que é isso? É namoro? Amizade? Mais que amizade e menos que namoro? Você seria capaz de me explicar o que ta acontecendo? Creio que não. Porque sequer você sabe o que se passa dentro de você. É encanto ou desejo? Se for pelo sexo, pode me falar. Eu também to querendo fazer umas sacanagens contigo. Mas depois de tal eu gostaria que você ficasse mais um pouco. Só um pouquinho. Pode parecer meio mimimi pra você, mas essa sou eu. Eu quero rolar na cama e por todos os cômodos da casa contigo, conhecer todas as posições sexuais do kama sutra, mas quero passar o resto da minha vida na sua cama. Eu sei o que vai pensar. Você não fazia ideia desse meu lado menininha. Não é porque eu curto rap, ando como um menino, falo como um menino, que eu sou um menino. Por favor. Venha aqui e acabe com esse meu clichê piegas e mal feito. O que você fez pra mim? Eu nem sabia o seu nome e logo depois quis ter o seu sobrenome após o meu. O que você está esperando para tomar uma atitude? Eu era sua antes de saber o seu nome, então me pega pra você e me tira daqui. Essa sou eu. Essa é a menina que você nunca conheceu. Você deve estar assustado, mas por favor, não fuja. Eu sou assim, e eu to aqui pedindo uma chance. Uma chance pra mostrar pra você que por mais que eu não queira, eu te amo, e eu confio em você. Me entrego de bandeja, sem notinha de devolução. Será que você pode me conceder a chance de mostrar que podemos dar mais que certo?

sábado, 7 de julho de 2012

Eu também não entendo nada de música.

Passei a madrugada em claro escutando uma música melancólica, mas você não entende muito de música, não é? Era mais ou menos assim: lá, re, sol, dó e mi; que compunham a mais linda canção de amor de todos os tempos. Pelo menos pra mim… Eu era forte até você me despedaçar com esse olhar lindo e convidativo a uma arriscada dança sem par a qual sequer sei os passos. Você fez com que eu deixasse meus cabelos crescerem, cortou minhas pernas pelo prazer de me ver rastejando aos seus pés. Mudou meu figurino e todo o roteiro minutos antes de subir ao palco. Me fez apresentar uma peça sem platéia. Mas é como se eu já tenha estado aqui antes. Conheço esse lugar, pisei nesse mesmo chão. Mas algo mudou… Está vazio e frio. E pensar que eu costumava viver sozinha antes de te conhecer. E tudo o que eu aprendi sobre o amor foi como atirar em alguém que desarmou você; meu choro não é um que possa ser escutado. Meus passos não podem ser vistos no escuro. É uma madrugada fria ao som de alguns soluços e Michael Bublé. Nunca pensei que amar fosse tão clichê.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deixa que eu me cuido.

Acho melhor você sentar. Quer um copo de água? Que tal água com açúcar? Será que uma vez na vida você pode prestar atenção no que eu tenho pra falar? É realmente importante que você me escute, e que principalmente, não me interrompa. Pode me odiar, tudo bem. Mas eu preciso dizer todas as palavras tantas vezes ensaiadas nas madrugadas e banhos longos da manhã. Não diga nada para que eu não me perca. Só senta e me escuta. Chegou a hora. Não tem jeito. Eu não te amo mais. É isso.
De todos os erros que cometemos, o pior é tentar recomeçar depois de um ponto final. Não é preciso ser um gênio da língua portuguesa para entender que de ponto em ponto final é criada uma reticência. E você, meu leitor único, mais do que ninguém sabe o quanto eu odeio terminar um texto com reticências. É como se algo acabasse, mas que não tem fim. Entende? Creio que me expressei mal. Vou tentar de novo. Peraí. É como se eu finalmente tivesse a coragem de dizer que acabou e continuar fazendo do possível e impossível para te encontrar. Tanto faz. Se vira. Você que entenda. Cansei de ficar me explicando para você.
As coisas simplesmente mudaram. Seria mentira de minha parte dizer que os sentimentos desapareceram, se apagaram, ou sei lá. Mas eu tenho que dizer a verdade. E a verdade é que tudo isso está me enchendo à paciência. Eu sei, eu sei… Não precisa me dizer que nosso amor é como um laço, que isso e aquilo. Vamos encarar os fatos… Já não somos as mesmas pessoas de antes. Não dá pra continuar fingindo um sentimento, um sorriso, um beijo ardente, quando tudo entre nós — se é que posso nos colocar em um plural tão perfeito — não passa de educação.
Nós. Realmente… Sabe aquele cordão de laço que você me deu? Está guardado na caixinha. Um laço perfeito. Mas você apertou demais. E quando se torna um nó, deixa de ser laço. Sabe… Como aquela frase daquele cara. Sabe? Não? Tanto faz. Só estou tentando dizer que você apertou demais. Seus argumentos compulsivos me sufocaram. Sua covardia me tirou do sério. Nossa vida juntos se tornou qualquer coisa. E qualquer coisa não é amor. Essa não é a vida que eu sonhei.
Admiro sua “força” de continuar me escutando. Mentira. Você sequer é forte. Mas até que você está se saindo bem. Pelo menos uma vez né… Quietinho. Calado. Atento. Foda-se. Eu não agüento mais. Não suporto mais te abraçar sem pensar na quantidade de caras super legais que eu dispensei porque pensei que você fosse o cara certo. Não suporto mais passar meus finais de semana em casa. Quero sair, viver minha vida. SEM TER ALGUÉM COLADO EM MIM. Entende? Me larga. Me esquece. Não me liga pra perguntar onde estou, com quem, com que roupa, se eu lavei o cabelo, se estou de maquiagem. Você me sufoca.
Eu quero ser feliz. Tenho o direito de ser feliz. E pensei que não fosse preciso tanto esforço para atingir tal. Quero caminhar sem sentir essa cruz nas minhas costas. Quero ser feliz sem precisar depender de outra pessoa. Não sei se isso é possível, pois é sempre bom ter alguém pra caminhar ao lado. Isso. Caminhar ao lado. E não um peso a ser carregado, arrastado. E é por isso que estou te deixando. Não quero mais saber. É isso.
Sim. Sim. Eu poderia pôr na balança todos os nossos momentos, as fotografias, os presentes, as tantas risadas que demos juntos, as festas e também as fugidas das festas, mas a vontade de finalmente ir em frente é maior do que tudo. E do que adianta colocar todo o amor na balança quando o sentimento não pesa mais? Eu disse amor? Me perdoa. Foi à primeira palavra que encontrei para encaixar em meio a tudo isso. Que merda…
Se eu ainda tiver o direito a um último pedido, lá vai: não chore na minha frente. Suas lágrimas não me emocionam em nada. Não me peça pra ficar. Não diga que sempre voltamos um para o outro. Chega. Preciso seguir em frente e não é você que vai me impedir. A vida precisa ir adiante. Espero que um dia você possa me perdoar. Ou não. Tanto faz. Só me deixa ir embora. Sai da minha frente. Não, não vou pedir pra você se cuidar. Tá na minha vez. Deixa que eu vou me cuidar.

Viagens cansativas

Ficar ou fazer as malas? Permanecer sentada no sofá ou sair porta á fora? Atender aquele telefonema ou mudar de número e operadora? Sumir do mapa ou aparecer em todas as festas dos nossos amigos em comum? Procuro evitar todos os lugares que sei que posso te encontrar, e isso me dói. Machuca saber que quem um dia foi meu refúgio, hoje é o motivo de minhas fugas desajeitadas. Evito todo e qualquer contato com você para que o chão não estremeça. Te evito tanto que acabo te encontrando. Irônico, não acha? Vivo de viagens e uma busca insaciável e desesperada por qualquer que seja coisa que ocupe o lugar da falta que faz um amor. Fico a procura de alguém que seja como você, mas que não seja você. Me entende? Qualquer coisa. Qualquer coisinha pequena que aos poucos se torne tão grande quanto o buraco que você deixou no meu peito. Qualquer cor que apague com os roxos que você deixou pelo meu corpo e que possa colorir o meu céu cinza. Mas nada, NADA, nada e nem ninguém é capaz disso. Que mundo mais filho da puta. É como entrar em uma loja á busca de um brinquedo e ter de levar outro com um sorriso de quase simpatia no rosto. É frustante saber que nada vai ocupar a falta de uma coisa que nunca me pertenceu. E eu continuo por ai, vagando, sem rumo, sem bússola e sem muita bagagem… Á procura de algo que eu sequer sei o que é.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alohomora.

Você chega com essa cara de mocinho direito, como quem não quer nada e pede um beijo. Te conto sobre meus dias enquanto você imagina as mil e uma posições que poderíamos tentar sem roupa. Eu te olho com carinho, e você me olha com desejo. Eu quero um pouco do amor que nunca recebi. Você quer sexo. Eu quero um abraço, e você troca tudo por um beijo de língua e uma mordida no pescoço. Eu peço pra entrar na sua casa, na sua vida e você me invade sem pedir permissão. Eu entro com carinho e cuidado em manter tudo organizado; você entra sem piedade e me despedaça por inteiro. Eu peço para entrar no seu coração e você como um “fãnático” pela saga Harry Potter pede para que eu segure sua varinha e recite o feitiço para destrancar portas.
— Alohomora.
— Entra e tranca a porta. Te quero para sempre.
Se não fôssemos tão opostos, eu desconfiaria que você é a minha alma gêmea, a outra metade da minha laranja. Mas você é só um menino.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O beijo do amor verdadeiro

Queria te dizer umas coisas. Queria te contar que estava pensando em você e em como não te deixar triste nunca mais. Só um louco ou um covarde pra ser capaz de te causar dor. Isso quer dizer que eu sou louca e covarde? Acho que sim. Eu sou uma masoquista que viver tentando fugir da dor, mas por pura loucura (tá vendo, eu sou louca e covarde), prefere ficar e sentir o gosto do sangue quente escorrendo pelo pulso esquerdo. Sei que está doendo, e parece ser insuportável. Mas passa. A dor vai passar. Uma hora você esquece que tá doendo e vai se concentrar em outra coisa. Você vai ver... Vai passar. Tudo passa, mas deixa eu ficar? Deita sua cabeça no meu colo e eu faço um cafuné até a dor cessar. Não sou sua mãe, mas dou beijinho até sarar.
E se nada funcionar, a gente procura uma navalha na gavetinha menor do banheiro e faz um cortes fracos no seu braço. Sei que você tem pavor de ver sangue, mas não vai doer nada, juro. Igual picadinha de mosquito. Ficarão algumas marcas parecida com aquelas que tem no meu pulso. Todo machucado deixa cicatrizes menino, você deveria saber. Vamos trapacear e enganar a dor, assim como me ensinou o Dr. House no episódio que eu vi semana passada. House me ensinou como ser fria, calculista, como evitar e enganar a dor. Mas ninguém te supera. Você me ensinou tantas coisas, e uma delas foi que quando a gente ama, sempre espera por aquele abraço apertado com gostinho de saudade.
Eu só queria entender como tudo estava tão bem e de repente se perdeu. Só queria que você chegasse mais perto e apagasse todos esses pontos de interrogação com um toque. Queria que suas lágrimas em cima dos meus cortes não causassem dor, e sim curasse sem deixar cicatrizes. E sim, queria que seu beijo fosse como nos contos de fadas e me trouxesse de volta á vida.

domingo, 17 de junho de 2012

Eu + você ≠ nós


Eu ando nervosa, quieta, triste e calada. E isso está me matando aos poucos. Não sei o que me deixa mais triste, saber que não sou feliz ou que já quase explodi de felicidade. Só somos felizes em fotos, porque na verdade, somos imagem de ironias e tentativas falidas. Você, que um dia foi o meu refúgio, hoje é o motivo das minhas fugas e dores de cabeça. Você me dá certezas, mas deixa minhas dúvidas vagas. Parece que sempre acaba, mas nunca chega ao fim. Ai você manda mil sms, enquanto eu reviro velhas fotografias á procura de um momento feliz. E você me conhece bem, porque eu pareço estar calma, mas é que essas falas já foram o meu roteiro, e eu, como uma boa atriz, tenho de fingir que a calma me domina, quando a minha vontade é sair gritando aos quatro ventos que eu sou uma menina frágil, que está machucada e por isso se tornou uma pessoa fria, seca e sozinha.
 Eu tenho que esconder a vontade que tenho de chorar horas nos seus braços e assim permanecer até o final dos dias. E mesmo com a garganta cheia de nós, eu não falo o que quero, e sim o que acho que devo falar; porque honestamente, eu espero que você veja o meu medo, desespero, tristeza, e o “não-me-abondone” que está escrito nas entrelinhas. Eu tô fugindo, procurando minhas respostas por ai, esperando que o mundo tenha argumentos melhores que os seus.
Não tenho dúvidas do que quero, mas você tem uma dívida comigo. Não importa quantas vezes você me fez sorrir ou de todas as vezes que tive vontade de gemer baixinho no seu ouvido e não o fiz pra que você não pense que sou uma putinha qualquer. Olha pra minha cara de eu-consigo-viver-bem-com-ou-sem-você e enxerga além da minha casca.
É claro que eu aceito beijinhos e mimos como desculpas, mas será suficiente? Sua dívida é grande, mas pode pagar com um oral também, mas tem de me fazer gozar. Não sou sua mãe, mas encosta sua cabeça no meu ombro e molha minha camisa com as suas lágrimas geladas. Não é vergonha chorar, é até bonitinho. Depois a gente decide o que vamos comer na janta e com a esperança de que tudo vai seguir dando certo.

sábado, 16 de junho de 2012

Amor = tempo

Sentir saudades suas nunca é só sentir saudade. É um vazio cheio de você. Um buraco negro que ocupa o peito e todo o resto do corpo. São 10h de uma manhã de quinta-feira, resolvi não ir trabalhar e ficar em casa esperando algo bom acontecer. Me pergunto o que você está fazendo, depois que decidiu dormir e acordar ao lado de outra pessoa que não fosse eu. Sinto vontade de pegar a chave em cima da mesa e sair desvairada por ai em 120k/h no meu carro pequeno e confortável. Quero te ver, saber como está. Um telefonema não bastaria; suas palavras me enganam, mas seus olhos te entregam.Já não quero mais sair de casa. O mundo ai fora é um velório. Ou talvez seja eu. Morri e estou em meu próprio velório lamentando minha morte. Me conheço bem, e sei que vou me arrepender de te procurar. Mas tenho de fazer.
É melhor que o relógio pare e me dê um tempo para me curar (amor tem cura?). Amanhã será mais um dia qualquer. Depois de amanhã também, e assim os dias se passam, com os dias as semanas, meses, anos e... Você me entendeu? O tempo vai passar e eu não tô a fim de ficar no mesmo lugar lamentando pelo leite derramado. Se não for pedir muito, deixa um recado na minha secretária eletrônica me contando o porquê os dias se tornaram tão longos e tristes. Me conta com quem você anda, pois está escrito na sua cara de menino-bom-e-safado que já comeu várias e ainda não me esqueceu.
Tenho saudades tuas, dos seus beijos, da sua cara de bravo e das coisas que queríamos fazer sem roupa. Vê se para de argumentar sobre tudo, coma direito, não beba e nem chegue em casa tarde. Se cuida. Um beijo e uma chupadinha lá em baixo. Não conta pra ninguém.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O menino que mora algumas ruas depois de mim.


Lembro das vezes em que você descia a minha tua olhando para a varanda da minha casa a procura de algo. E quando eu não estava fofocando no telefone, estava andando de um lado para o outro. Minha varanda é pequenina, mas eu adoro ficar lá para pensar na vida, e todas as vezes que você passava, era como se eu sentisse sua presença. Ao me ver, você automaticamente sorria, e o teu sorriso é tão lindo que me fazia querer sorrir de volta.  Mas talvez, um sorriso pudesse te fazer pensar que estava flertando com você, e não queria que pensasse que sou garota fácil. Não, claro que não. Não queria estragar o que sequer começou. Algumas semanas depois, percebi que você costumava passar em frente a minha porta três vezes na semana, entre ás 15 e 17 horas, então eu passei a te esperar.
 Você conhecia o meu irmão e o chamava de cunhado. E não, eu sequer sabia o seu nome. Nos aproximamos desde que seu irmão faleceu, e eu nunca disse, mas sinto muito. Lembra do dia em que nos encontramos na padaria que fica no final da minha rua? Eu não falei nada. Não tive coragem de sequer perguntar se você estava bem — porque eu sabia que não e que iria mentir para evitar comentar sobre o assunto —, então eu preferi não tocar em uma ferida que permanecerá aberta para sempre. Quer falar disso agora? Não? Tudo bem, mas se quiser, pode me ligar, aparecer aqui em casa... Sou expert em partidas, as pessoas vivem me deixando. É diferente, mas to disposta a ajudar. Não quer falar? Você pode chorar também. Chorar não é vergonha, não é? Então só fica ai quietinho. Já disse que gosto da sua companhia? É, eu gosto. Porque eu gosto de você? Gosto porque você me abraça apertado até sentir o gosto da minha dor prazerosa ao ouvir o último ossinho das minhas costas estalarem. Você é lindo, sabia? E você sabe me olhar. Não, isso soou meio lógico e tosco. Tá certo, você que não entendeu o que quis dizer. Você me olha nos olhos, e no máximo até a altura do meu cordão se perguntando quem foi o remetente. Você elogia o meu cabelo e diz que meu sorrio é lindo. Você me olha de cinco em cinco minutos e me manda beijo. E você, menino que mora algumas ruas depois de mim, tem a cara de safado que me faz te gostar ainda mais.
Ei, chega aqui. Não sei nada sobre você; Sei algumas coisas. Não, não sei, apenas acho que sei. Me conte... Qual a sua cor predileta? Você é tímido assim ou está triste? Ah, e obrigada por pagar o meu açaí naquele dia. Você é tão doce, e um doce que não enjoa. Fica aqui comigo, fica. Eu não te conheço bem, mas seu beijo é tão tão tão tão tão tão viciante. Deixa eu te apresentar para os meus pais? Isso mesmo... Quer me namorar? Você só mora algumas ruas depois de mim. Olá vizinho. Eu já tive uma queda pelo meu vizinho, mas ele nunca me deu bola. Vai que dessa vez dá certo com você... Não, eu não sei seu sobrenome, mas quero tê-lo depois do meu!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Duas colheres de sopa de desapego.


Pode gritar o quanto quiser, desligar na minha cara se eu ligar, me xingar, fazer qualquer demonstração de raiva ou indignação, eu espero. Acabou? Ainda não? Ok. E agora? Sei muito bem o que disse, mas não fui sozinha comprar aquele lanche na sexta á noite. Eu menti e agora você já sabe. Com quem eu estava? Há quanto tempo estamos saindo? Que diferença faria saber alguma coisa? Tudo bem, agora você já descobriu que tem outra pessoa. O que mais quer saber? Quer que eu continue as cenas e todas as falas sem esquecer um detalhe sequer? Você deve estar se perguntando por que menti. Eu menti porque, ah sei lá, seria estranho contar á você que conheci uma pessoa e que íamos sair para lanchar em uma sexta-feira tediosa. Foi isso mesmo, sai para lanchar. Esse foi o motivo pelo qual não atendi seu telefonema. Deixei meu celular na casa de uma amiga. Ela que me apresentou á ele. E não, não como um futuro-qualquer-coisa-parecido-como-um-namorado. Menti porque você iria materializar mil e uma fantasia e paranóia na cabeça e relembrar histórias do passado para comparar em um acontecimento tão simples como sair para lanchar com um amigo. Não imagine coisas insanas, por favor. Menti porque sei muito bem como você é. Queria evitar a tragédia que está acontecendo agora e mais algumas acusações e argumentos infantis. Mas o que você realmente quer saber? Já sei... Quer saber o que aconteceu? Irei lhe contar. E por falta de tempo irei resumir tudo em duas notícias. Uma: não rolou nada entre a gente. Respirou aliviado, não é? Então prepare-se. Sente nesse sofá e respire fundo. A outra notícia — que mais vai parecer como um soco no estômago, falta de ar e um nó impossível de desatar na garganta, mas que eu preciso contar —, é que... Eu gosto da companhia dele. Ele tem cheiro de menino bom, e também se interessa pelas mesmas coisas que eu. Escreve poesia, ama café e adora falar sobre família e política.
Enquanto conversávamos sobre alguns escritores antigos, descobri que ele adora ler Clarice e teve dificuldade em português na escola e bem... Você não quer saber disso. Perdi o foco, desculpa ai. Entenda... Para você isso foi à gota d’água, o estopim, enquanto para mim foi uma porra de um lanche com um amigo. Simples. Meu único erro cometido foi mentir dizendo que estava sozinha. É claro que você quer saber se senti vontade de beijá-lo, se ele flertou comigo, se me levou no portão de casa, se marcamos outro lanche... “Se”, “e se”. Serei honesta dizendo que tenho todas as respostas para suas indagações mentais, mas você não vai gostar nem um pouco e isso não vai nos levar a lugar nenhum. Ele não é uma pedra em nosso — se é que posso nos colocar em um plural — caminho; é a penas mais uma maneira de fazer nossa fica cair que já não somo mais o casal maravilha de antes. Você tem seus novos amigos, novas vontades e desejos que só me imagino realizando daqui a pelo menos cinco ou seis anos. Beleza, isso pode soar um pouco dramático, mas é como me sinto. Você me esqueceu em um cantinho qualquer de uma sala vazia e pintada de bege claro. Talvez você tenha mil e um argumentos para dizer sobre cada palavra minha dita e blá blá blá. Estamos distantes. Convivemos com outras pessoas e consecutivamente, outros cheiros, gostos, palavras, atitudes... Ela vai ter algo melhor que eu, e vice-versa. Sequer temos amigos em comum!
A verdade é que sinto falta de um domingo assistindo futebol e falando besteiras. Não, não estou jogando a culpa em cima de você, mas também não estou assumindo. As coisas mudaram. A estação é outra. Os assuntos não são mais os mesmos. Tudo mudou e nós ficamos. Nosso maior erro é tentar recomeçar a mesma história a cada ponto final escrito. É difícil falar, e ainda mais difícil ouvir, mas a verdade é que esse cara me fez pensar na quantidade de oportunidades e pessoas que perdemos com nossa falta de desapego. Ele me fez sentir saudade do tempo que tínhamos para falar sobre quaisquer coisas. Estamos tão distantes que você sequer sabe — mas merece saber —. Faz dois meses que comecei a tomar café.