terça-feira, 24 de julho de 2012

Eu não sei o que você tem, mas é com você que eu vou ficar.

Eu não sei o que você tem, mas é com você que eu vou ficar.
Tem uma dor aqui dentro de mim que faz com que meu sangue percorra rápido demais me deixando nervosa e meio confusa. É uma ótima hora para escrever tudo o que eu sempre quis e não tive coragem — ou oportunidade — de dizer. Talvez você esteja certo. Talvez eu tente mesmo te enganar com essa minha mania de dizer verdades em meio á versos mal escritos, de modo piegas e palavras bonitas. Quanto mais eu tento me aproximar, mais você se afasta. Ás vezes penso que seria mais produtivo correr atrás de bolinhas de sabão no meio da Avenida 25 de Março. E então você me olha com esse jeitinho de menino bobo e me diz que tudo o que sai da minha boca é sem sentindo. Revira os olhos e dá uma desculpa esfarrapada de que é melhor ficar do jeito que tá. Mas eu não sei como tá. Creio que sequer você sabe. Comodidade!!! O que é isso? É namoro? Amizade? Mais que amizade e menos que namoro? Você seria capaz de me explicar o que ta acontecendo? Creio que não. Porque sequer você sabe o que se passa dentro de você. É encanto ou desejo? Se for pelo sexo, pode me falar. Eu também to querendo fazer umas sacanagens contigo. Mas depois de tal eu gostaria que você ficasse mais um pouco. Só um pouquinho. Pode parecer meio mimimi pra você, mas essa sou eu. Eu quero rolar na cama e por todos os cômodos da casa contigo, conhecer todas as posições sexuais do kama sutra, mas quero passar o resto da minha vida na sua cama. Eu sei o que vai pensar. Você não fazia ideia desse meu lado menininha. Não é porque eu curto rap, ando como um menino, falo como um menino, que eu sou um menino. Por favor. Venha aqui e acabe com esse meu clichê piegas e mal feito. O que você fez pra mim? Eu nem sabia o seu nome e logo depois quis ter o seu sobrenome após o meu. O que você está esperando para tomar uma atitude? Eu era sua antes de saber o seu nome, então me pega pra você e me tira daqui. Essa sou eu. Essa é a menina que você nunca conheceu. Você deve estar assustado, mas por favor, não fuja. Eu sou assim, e eu to aqui pedindo uma chance. Uma chance pra mostrar pra você que por mais que eu não queira, eu te amo, e eu confio em você. Me entrego de bandeja, sem notinha de devolução. Será que você pode me conceder a chance de mostrar que podemos dar mais que certo?

sábado, 7 de julho de 2012

Eu também não entendo nada de música.

Passei a madrugada em claro escutando uma música melancólica, mas você não entende muito de música, não é? Era mais ou menos assim: lá, re, sol, dó e mi; que compunham a mais linda canção de amor de todos os tempos. Pelo menos pra mim… Eu era forte até você me despedaçar com esse olhar lindo e convidativo a uma arriscada dança sem par a qual sequer sei os passos. Você fez com que eu deixasse meus cabelos crescerem, cortou minhas pernas pelo prazer de me ver rastejando aos seus pés. Mudou meu figurino e todo o roteiro minutos antes de subir ao palco. Me fez apresentar uma peça sem platéia. Mas é como se eu já tenha estado aqui antes. Conheço esse lugar, pisei nesse mesmo chão. Mas algo mudou… Está vazio e frio. E pensar que eu costumava viver sozinha antes de te conhecer. E tudo o que eu aprendi sobre o amor foi como atirar em alguém que desarmou você; meu choro não é um que possa ser escutado. Meus passos não podem ser vistos no escuro. É uma madrugada fria ao som de alguns soluços e Michael Bublé. Nunca pensei que amar fosse tão clichê.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deixa que eu me cuido.

Acho melhor você sentar. Quer um copo de água? Que tal água com açúcar? Será que uma vez na vida você pode prestar atenção no que eu tenho pra falar? É realmente importante que você me escute, e que principalmente, não me interrompa. Pode me odiar, tudo bem. Mas eu preciso dizer todas as palavras tantas vezes ensaiadas nas madrugadas e banhos longos da manhã. Não diga nada para que eu não me perca. Só senta e me escuta. Chegou a hora. Não tem jeito. Eu não te amo mais. É isso.
De todos os erros que cometemos, o pior é tentar recomeçar depois de um ponto final. Não é preciso ser um gênio da língua portuguesa para entender que de ponto em ponto final é criada uma reticência. E você, meu leitor único, mais do que ninguém sabe o quanto eu odeio terminar um texto com reticências. É como se algo acabasse, mas que não tem fim. Entende? Creio que me expressei mal. Vou tentar de novo. Peraí. É como se eu finalmente tivesse a coragem de dizer que acabou e continuar fazendo do possível e impossível para te encontrar. Tanto faz. Se vira. Você que entenda. Cansei de ficar me explicando para você.
As coisas simplesmente mudaram. Seria mentira de minha parte dizer que os sentimentos desapareceram, se apagaram, ou sei lá. Mas eu tenho que dizer a verdade. E a verdade é que tudo isso está me enchendo à paciência. Eu sei, eu sei… Não precisa me dizer que nosso amor é como um laço, que isso e aquilo. Vamos encarar os fatos… Já não somos as mesmas pessoas de antes. Não dá pra continuar fingindo um sentimento, um sorriso, um beijo ardente, quando tudo entre nós — se é que posso nos colocar em um plural tão perfeito — não passa de educação.
Nós. Realmente… Sabe aquele cordão de laço que você me deu? Está guardado na caixinha. Um laço perfeito. Mas você apertou demais. E quando se torna um nó, deixa de ser laço. Sabe… Como aquela frase daquele cara. Sabe? Não? Tanto faz. Só estou tentando dizer que você apertou demais. Seus argumentos compulsivos me sufocaram. Sua covardia me tirou do sério. Nossa vida juntos se tornou qualquer coisa. E qualquer coisa não é amor. Essa não é a vida que eu sonhei.
Admiro sua “força” de continuar me escutando. Mentira. Você sequer é forte. Mas até que você está se saindo bem. Pelo menos uma vez né… Quietinho. Calado. Atento. Foda-se. Eu não agüento mais. Não suporto mais te abraçar sem pensar na quantidade de caras super legais que eu dispensei porque pensei que você fosse o cara certo. Não suporto mais passar meus finais de semana em casa. Quero sair, viver minha vida. SEM TER ALGUÉM COLADO EM MIM. Entende? Me larga. Me esquece. Não me liga pra perguntar onde estou, com quem, com que roupa, se eu lavei o cabelo, se estou de maquiagem. Você me sufoca.
Eu quero ser feliz. Tenho o direito de ser feliz. E pensei que não fosse preciso tanto esforço para atingir tal. Quero caminhar sem sentir essa cruz nas minhas costas. Quero ser feliz sem precisar depender de outra pessoa. Não sei se isso é possível, pois é sempre bom ter alguém pra caminhar ao lado. Isso. Caminhar ao lado. E não um peso a ser carregado, arrastado. E é por isso que estou te deixando. Não quero mais saber. É isso.
Sim. Sim. Eu poderia pôr na balança todos os nossos momentos, as fotografias, os presentes, as tantas risadas que demos juntos, as festas e também as fugidas das festas, mas a vontade de finalmente ir em frente é maior do que tudo. E do que adianta colocar todo o amor na balança quando o sentimento não pesa mais? Eu disse amor? Me perdoa. Foi à primeira palavra que encontrei para encaixar em meio a tudo isso. Que merda…
Se eu ainda tiver o direito a um último pedido, lá vai: não chore na minha frente. Suas lágrimas não me emocionam em nada. Não me peça pra ficar. Não diga que sempre voltamos um para o outro. Chega. Preciso seguir em frente e não é você que vai me impedir. A vida precisa ir adiante. Espero que um dia você possa me perdoar. Ou não. Tanto faz. Só me deixa ir embora. Sai da minha frente. Não, não vou pedir pra você se cuidar. Tá na minha vez. Deixa que eu vou me cuidar.

Viagens cansativas

Ficar ou fazer as malas? Permanecer sentada no sofá ou sair porta á fora? Atender aquele telefonema ou mudar de número e operadora? Sumir do mapa ou aparecer em todas as festas dos nossos amigos em comum? Procuro evitar todos os lugares que sei que posso te encontrar, e isso me dói. Machuca saber que quem um dia foi meu refúgio, hoje é o motivo de minhas fugas desajeitadas. Evito todo e qualquer contato com você para que o chão não estremeça. Te evito tanto que acabo te encontrando. Irônico, não acha? Vivo de viagens e uma busca insaciável e desesperada por qualquer que seja coisa que ocupe o lugar da falta que faz um amor. Fico a procura de alguém que seja como você, mas que não seja você. Me entende? Qualquer coisa. Qualquer coisinha pequena que aos poucos se torne tão grande quanto o buraco que você deixou no meu peito. Qualquer cor que apague com os roxos que você deixou pelo meu corpo e que possa colorir o meu céu cinza. Mas nada, NADA, nada e nem ninguém é capaz disso. Que mundo mais filho da puta. É como entrar em uma loja á busca de um brinquedo e ter de levar outro com um sorriso de quase simpatia no rosto. É frustante saber que nada vai ocupar a falta de uma coisa que nunca me pertenceu. E eu continuo por ai, vagando, sem rumo, sem bússola e sem muita bagagem… Á procura de algo que eu sequer sei o que é.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alohomora.

Você chega com essa cara de mocinho direito, como quem não quer nada e pede um beijo. Te conto sobre meus dias enquanto você imagina as mil e uma posições que poderíamos tentar sem roupa. Eu te olho com carinho, e você me olha com desejo. Eu quero um pouco do amor que nunca recebi. Você quer sexo. Eu quero um abraço, e você troca tudo por um beijo de língua e uma mordida no pescoço. Eu peço pra entrar na sua casa, na sua vida e você me invade sem pedir permissão. Eu entro com carinho e cuidado em manter tudo organizado; você entra sem piedade e me despedaça por inteiro. Eu peço para entrar no seu coração e você como um “fãnático” pela saga Harry Potter pede para que eu segure sua varinha e recite o feitiço para destrancar portas.
— Alohomora.
— Entra e tranca a porta. Te quero para sempre.
Se não fôssemos tão opostos, eu desconfiaria que você é a minha alma gêmea, a outra metade da minha laranja. Mas você é só um menino.