domingo, 17 de junho de 2012

Eu + você ≠ nós


Eu ando nervosa, quieta, triste e calada. E isso está me matando aos poucos. Não sei o que me deixa mais triste, saber que não sou feliz ou que já quase explodi de felicidade. Só somos felizes em fotos, porque na verdade, somos imagem de ironias e tentativas falidas. Você, que um dia foi o meu refúgio, hoje é o motivo das minhas fugas e dores de cabeça. Você me dá certezas, mas deixa minhas dúvidas vagas. Parece que sempre acaba, mas nunca chega ao fim. Ai você manda mil sms, enquanto eu reviro velhas fotografias á procura de um momento feliz. E você me conhece bem, porque eu pareço estar calma, mas é que essas falas já foram o meu roteiro, e eu, como uma boa atriz, tenho de fingir que a calma me domina, quando a minha vontade é sair gritando aos quatro ventos que eu sou uma menina frágil, que está machucada e por isso se tornou uma pessoa fria, seca e sozinha.
 Eu tenho que esconder a vontade que tenho de chorar horas nos seus braços e assim permanecer até o final dos dias. E mesmo com a garganta cheia de nós, eu não falo o que quero, e sim o que acho que devo falar; porque honestamente, eu espero que você veja o meu medo, desespero, tristeza, e o “não-me-abondone” que está escrito nas entrelinhas. Eu tô fugindo, procurando minhas respostas por ai, esperando que o mundo tenha argumentos melhores que os seus.
Não tenho dúvidas do que quero, mas você tem uma dívida comigo. Não importa quantas vezes você me fez sorrir ou de todas as vezes que tive vontade de gemer baixinho no seu ouvido e não o fiz pra que você não pense que sou uma putinha qualquer. Olha pra minha cara de eu-consigo-viver-bem-com-ou-sem-você e enxerga além da minha casca.
É claro que eu aceito beijinhos e mimos como desculpas, mas será suficiente? Sua dívida é grande, mas pode pagar com um oral também, mas tem de me fazer gozar. Não sou sua mãe, mas encosta sua cabeça no meu ombro e molha minha camisa com as suas lágrimas geladas. Não é vergonha chorar, é até bonitinho. Depois a gente decide o que vamos comer na janta e com a esperança de que tudo vai seguir dando certo.

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