sexta-feira, 6 de julho de 2012
Viagens cansativas
Ficar ou fazer as malas? Permanecer sentada no sofá ou sair porta á fora? Atender aquele telefonema ou mudar de número e operadora? Sumir do mapa ou aparecer em todas as festas dos nossos amigos em comum? Procuro evitar todos os lugares que sei que posso te encontrar, e isso me dói. Machuca saber que quem um dia foi meu refúgio, hoje é o motivo de minhas fugas desajeitadas. Evito todo e qualquer contato com você para que o chão não estremeça. Te evito tanto que acabo te encontrando. Irônico, não acha? Vivo de viagens e uma busca insaciável e desesperada por qualquer que seja coisa que ocupe o lugar da falta que faz um amor. Fico a procura de alguém que seja como você, mas que não seja você. Me entende? Qualquer coisa. Qualquer coisinha pequena que aos poucos se torne tão grande quanto o buraco que você deixou no meu peito. Qualquer cor que apague com os roxos que você deixou pelo meu corpo e que possa colorir o meu céu cinza. Mas nada, NADA, nada e nem ninguém é capaz disso. Que mundo mais filho da puta. É como entrar em uma loja á busca de um brinquedo e ter de levar outro com um sorriso de quase simpatia no rosto. É frustante saber que nada vai ocupar a falta de uma coisa que nunca me pertenceu. E eu continuo por ai, vagando, sem rumo, sem bússola e sem muita bagagem… Á procura de algo que eu sequer sei o que é.
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