terça-feira, 19 de junho de 2012

O beijo do amor verdadeiro

Queria te dizer umas coisas. Queria te contar que estava pensando em você e em como não te deixar triste nunca mais. Só um louco ou um covarde pra ser capaz de te causar dor. Isso quer dizer que eu sou louca e covarde? Acho que sim. Eu sou uma masoquista que viver tentando fugir da dor, mas por pura loucura (tá vendo, eu sou louca e covarde), prefere ficar e sentir o gosto do sangue quente escorrendo pelo pulso esquerdo. Sei que está doendo, e parece ser insuportável. Mas passa. A dor vai passar. Uma hora você esquece que tá doendo e vai se concentrar em outra coisa. Você vai ver... Vai passar. Tudo passa, mas deixa eu ficar? Deita sua cabeça no meu colo e eu faço um cafuné até a dor cessar. Não sou sua mãe, mas dou beijinho até sarar.
E se nada funcionar, a gente procura uma navalha na gavetinha menor do banheiro e faz um cortes fracos no seu braço. Sei que você tem pavor de ver sangue, mas não vai doer nada, juro. Igual picadinha de mosquito. Ficarão algumas marcas parecida com aquelas que tem no meu pulso. Todo machucado deixa cicatrizes menino, você deveria saber. Vamos trapacear e enganar a dor, assim como me ensinou o Dr. House no episódio que eu vi semana passada. House me ensinou como ser fria, calculista, como evitar e enganar a dor. Mas ninguém te supera. Você me ensinou tantas coisas, e uma delas foi que quando a gente ama, sempre espera por aquele abraço apertado com gostinho de saudade.
Eu só queria entender como tudo estava tão bem e de repente se perdeu. Só queria que você chegasse mais perto e apagasse todos esses pontos de interrogação com um toque. Queria que suas lágrimas em cima dos meus cortes não causassem dor, e sim curasse sem deixar cicatrizes. E sim, queria que seu beijo fosse como nos contos de fadas e me trouxesse de volta á vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavras, sentimentos, sugestões. Cuidado para não se engasgar com seu próprio veneno!