sábado, 16 de junho de 2012

Amor = tempo

Sentir saudades suas nunca é só sentir saudade. É um vazio cheio de você. Um buraco negro que ocupa o peito e todo o resto do corpo. São 10h de uma manhã de quinta-feira, resolvi não ir trabalhar e ficar em casa esperando algo bom acontecer. Me pergunto o que você está fazendo, depois que decidiu dormir e acordar ao lado de outra pessoa que não fosse eu. Sinto vontade de pegar a chave em cima da mesa e sair desvairada por ai em 120k/h no meu carro pequeno e confortável. Quero te ver, saber como está. Um telefonema não bastaria; suas palavras me enganam, mas seus olhos te entregam.Já não quero mais sair de casa. O mundo ai fora é um velório. Ou talvez seja eu. Morri e estou em meu próprio velório lamentando minha morte. Me conheço bem, e sei que vou me arrepender de te procurar. Mas tenho de fazer.
É melhor que o relógio pare e me dê um tempo para me curar (amor tem cura?). Amanhã será mais um dia qualquer. Depois de amanhã também, e assim os dias se passam, com os dias as semanas, meses, anos e... Você me entendeu? O tempo vai passar e eu não tô a fim de ficar no mesmo lugar lamentando pelo leite derramado. Se não for pedir muito, deixa um recado na minha secretária eletrônica me contando o porquê os dias se tornaram tão longos e tristes. Me conta com quem você anda, pois está escrito na sua cara de menino-bom-e-safado que já comeu várias e ainda não me esqueceu.
Tenho saudades tuas, dos seus beijos, da sua cara de bravo e das coisas que queríamos fazer sem roupa. Vê se para de argumentar sobre tudo, coma direito, não beba e nem chegue em casa tarde. Se cuida. Um beijo e uma chupadinha lá em baixo. Não conta pra ninguém.

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