sábado, 7 de julho de 2012

Eu também não entendo nada de música.

Passei a madrugada em claro escutando uma música melancólica, mas você não entende muito de música, não é? Era mais ou menos assim: lá, re, sol, dó e mi; que compunham a mais linda canção de amor de todos os tempos. Pelo menos pra mim… Eu era forte até você me despedaçar com esse olhar lindo e convidativo a uma arriscada dança sem par a qual sequer sei os passos. Você fez com que eu deixasse meus cabelos crescerem, cortou minhas pernas pelo prazer de me ver rastejando aos seus pés. Mudou meu figurino e todo o roteiro minutos antes de subir ao palco. Me fez apresentar uma peça sem platéia. Mas é como se eu já tenha estado aqui antes. Conheço esse lugar, pisei nesse mesmo chão. Mas algo mudou… Está vazio e frio. E pensar que eu costumava viver sozinha antes de te conhecer. E tudo o que eu aprendi sobre o amor foi como atirar em alguém que desarmou você; meu choro não é um que possa ser escutado. Meus passos não podem ser vistos no escuro. É uma madrugada fria ao som de alguns soluços e Michael Bublé. Nunca pensei que amar fosse tão clichê.

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